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GELO FINLANDÊS TRAVA CRIATIVIDADE ITALIANA
Na abertura da Ronda de Elite, Itália e Finlândia terminaram com empate 2-2. Duas equipas com estilos diferentes, o teórico favoritismo italiano acabou por não se fazer sobressair à maior capacidade organizativa dos finlandeses.
A Itália apresentou-se num 4:0, enquanto a equipa da Finlândia num 3:1 regido, com definição de pivô sempre profunda. Num início com maior capacidade da Itália em ter bola, dispôs das primeiras situações oportunidade.
A Itália foi alternando o seu sistema, passando para 3:1 com a presença do pivô Júlio de Oliveira. Apesar do maior controlo do jogo, o golo acabou por cair para a Finlândia, reposição rápida do guarda-redes, com e Hosio a surgir em antecipação e a fazer o 0-1. A Itália sentiu o golo perante um adversário muito agressivo que chegou à 5ª falta aos 10 minutos de jogo. Logo de seguida livre de 10 metros falhado por Marcelinho, naquela que foi a sexta falta da Finlândia.
Ao contrário do esperado foi a Finlândia que foi mais perigosa, principalmente nas bolas paradas.
A Itália conseguiu o golo, Merlim aos 13 minutos de jogo, na sequência de uma canto. O jogo passou por uma fase mais incaracterística, com a Finlândia a procurar através dos esquemas táticos criar perigo junto da baliza de Mammarella. A Itália a chegou à 5ª falta a 4 minutos do final do primeiros tempo.
Golo da Finlândia aos 17,30 minutos de jogo, Junno, num remate na zona dos 10 metros, com a bola a ressaltar no defensor e a trair Mammarella. A Itália prontamente respondeu e enviou uma bola ao poste no lance praticamente a seguir, Júlio de Oliveira poderia ter feito a igualdade.
A Finlândia foi uma equipa que sempre procurou o jogo mais direto, procurando a referência. Penalti para a Itália a 1 minuto do final do primeiro tempo, Teittinen a fazer falta, Merlim a bater e Savolainen a defender. Logo a seguir livre de 10 metros com Marcelinho a fazer o 2-2 para a Itália.
Fim da primeira parte com maior carácter da equipa da Finlândia, que respeitou e bem a sua estratégia perante uma Itália sem muita criatividade, lenta no seu processo ofensivo.
No segundo tempo a Itália entrou em 3:1, assim como a Finlândia. A Finlândia entrou mais subida, maior pressão na 1ª linha italiana, criando algum desconforto aos transalpinos, que recorreram a um jogo mais direto, com muitos passes errados.
Os finlandeses sempre muito perigosos, nas vezes que conseguiam espaço, valeu por duas vezes Mammarella a evitar o golo. A Itália claramente apostado num jogo mais vertical, baixando a sua pressão e o seu bloco defensivo permitiu que a Finlândia tivesse mais bola, querendo explorar a transição, o que acabou por não acontecer.
O jogo a partir dos 10 minutos, entrou numa fase mais “amarrada” sem grandes ocasiões de golo junto das balizas.
Aos 35 minutos a 5ª falta para a Finlândia, em mais um bloqueio, uma forma muito procurada de travar o adversário. A Itália passou a dominar e previa-se o golo Italiano, perante a equipa de Radek Lobo a cair na sua intensidade e o cansaço a fazer-se notar. A um minuto do final 5ª falta para a Itália.
Merlim, a estrela italiana apareceu finalmente num lance individual a 12 segundos do final, bola no poste, num remate forte. Empate justo entre uma equipa focada na sua estratégia, que aproveitou bem as oportunidades que teve e acabou por ser feliz perante o desperdício dos italianos que tiveram confiantes demais e que acabaram por comprometer a presença no Mundial.
Texto: Luís Leal
Data de publicação: 2020-01-30

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